Em Santiago / Rumo: Viña.

Primeiramente, saudaçoes rubro-negras ao Henrique, novo leitor (como se tivesse tantos, ein). Pra começo de conversa, preciso dar as devidas apresentaçoes ao companheiro da primeira foto do post anterior, o Patrício. Como eu estive doente (com tempo para postar algo), meu pai foi fazer um reconhecimento da área na bicicleta. Enquanto estava "sacando una foto" na ponte que corta o Mapocho, veio da outra extremidade da ponte um cara puxando sua mala, passou, desejou feliz natal (isso foi dia 24, lá pelas 7 da tarde). Voltou e perguntou se era "brasileño". Logo a quem? E começaram a conversar, ele contou que tinha acabado o noivado e saíra de casa com mala tudo. E o pior é que realmente levava tudo: roupas, copos, talheres, vinhos, até lentilha em conserva ele trouxe consigo! Chegaram em casa, tomamos o vinho (muito bom por sinal, esqueci o nome, nao tem no Brasil), falamos besteira, ouvimos Los Jaivas (banda de rock progressivo chilena, mistura com musica andina, espetacular). Fomos comer algo de madrugada, ele dormiu no sofá e pela manha (lê-se manham, ainda sem o "til") foi embora. Dia 25 foi relaxamento. Dia 26 foi, digamos asssim, diferente. Tínhamos a passagem de ônibus para Viña del Mar marcada teoricamente para 13:25. Entao de manha fomos dar uma passada em uma das casas de Pablo Neruda (la Chascona), que é muito linda ! Inicialmente a casa era um refúgio para ele e sua amante, porém se tornou oficial depois que ele se separou. Era proibido tirar fotos lá dentro, mas...


Uma das salas. No centro, o sofá do qual saiu carregado o seu caixao

Embaixo de uma das muitas escadas

Lá dentro, havia o guia e os outros turistas, certo? Sim, mas sempre tem aquelas coincidencias. E haviam 2 casais, 1 chileno e 1 brasileiro (na realidade, uma brasileira e seu marido chileno, mas ambos moram no Brasil). E conversamos, e conversamos, e fomos tomar uma cerveja (que aqui só se vende em garrafa de 1 litro. Isso mesmo, cerva de 1 litro!). E isso foi tao estranho, tanta coincidencia mas pareceu planejado, porque quando decidimos perder o onibus, percebemos que venderam as passagens com a data errada, nem se quiséssemos seria possível ir pra Viña! Entao continuemos, oras! De lá fomos comer, depois passamos no nosso apartamento, pegamos gaita, violao, pandeiro e rumamos para o metrô. Chegamos na casa em que eles estavam (um bairro meio distante do nosso, chamado Macul), fizemos churrasco, comemos feijao com farofa, tudo que brasileiro tem direito! Dormimos por lá mesmo.
Jaime, Mônica, Leo e Andrei
Icléia e Alexei
Já no outro dia, fomos em lojas de musica, de cd, de presentes, de tudo que leva o seu dinheiro embora. E realmente levou, foram cd's, vinis, pickup, instrumentos, etc.
Entao trocamos a passagem, hoje de manha nos despedimos dos mais novos amigos e viemos para Viña. A estadra que o ônibus pegou é muito bonita, uma hora voce está no deserto, outra voce está no meio da floresta, e sempre tem curiosos mini-altares na beira da estrada, nao importa se no meio da areia ou na folhagem seca (tem fotos, mas ainda estao no celular).
Que Leo, hombre!

Um comentário:

Henrique disse...

Gostei do vídeo do "Los Jaivas". Teve no "Música do Mundo" aqui em João Pessoa uma apresentação do Tarancón. Eu não conhecia a música andina. A apresentação deles foi fantástica.